Como minimizar os efeitos das contaminações externas de agrotóxicos?

Autores

Palavras-chave:

agroecologia, comunidades tradicionais, saúde ambiental, agricultura familiar, soberania alimentar

Resumo

A contaminação por agrotóxicos em áreas adjacentes às grandes lavouras de commodities é um fato descrito em diversos trabalhos. No Mato Grosso do Sul, estudos mostraram uma grande quantidade de agrotóxicos em amostras de água superficial, de abastecimento e até da chuva, coletadas em comunidades tradicionais circundadas por lavouras. A partir desta constatação, houve uma demanda dessas comunidades para que fossem sugeridas práticas que pudessem minimizar essas contaminações. Portanto, com base em uma revisão bibliográfica, em conjunto com o conhecimento prático da equipe do projeto e discussão com membros das comunidades, foram propostas técnicas de barreiras vegetais arbóreas nas divisas das comunidades, implantação de terraços de proteção nos pontos de entrada de água, plantio protegido dentro de estufas, proteção e restauração de nascentes e matas ciliares. No entanto, apesar de poderem reduzir a contaminação, essas práticas não tem uma efetividade absoluta. Assim, é fundamental continuar a luta pela substituição do modelo de agricultura atual por um sistema baseado na agroecologia. Neste meio tempo, é importante apoiar lutas políticas como o PRONARA, proibição da pulverização aérea, fim da isenção de impostos sobre os agrotóxicos, e ampliação das distâncias mínimas para pulverização em áreas próximas aglomerados urbanos, áreas de moradia, comunidades tradicionais e áreas de preservação.

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Publicado

2024-12-19

Edição

Seção

AGROECOL - Desenvolvimento territorial em bases agroecológicas