Disponibilidade de Biomassa e Caracterização da Caatinga sob Manejo Agroecológico

Resumo

A Caatinga ocupa cerca de 11% do território Nacional, abrangendo os estados do Nordeste e incluindo Minas Gerais. As pastagens nativas têm grande importância para a pecuária mundial, em especial para a produção de pequenos ruminantes do Nordeste brasileiro e ainda com poucas informações sobre produção de fitomassa. O objetivo deste trabalho foi fazer um estudo da composição florística, frequência e flutuação de matéria seca das principais espécies dos estratos da Caatinga sob manejo agroecológico em função da precipitação pluvial. A pesquisa foi realizada de outubro de 2014 a abril de 2015, na Estação Experimental de Terras Secas, pertencente à Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte. no município de Pedro Avelino/RN, em uma área de 10 hectares de Caatinga. Foram marcados 100 pontos de avaliação da frequência, composição florística e disponibilidade da produção de biomassa dos estratos. Observou-se dois picos de variação na disponibilidade de fitomassa, sendo o primeiro, no mês de outubro, com produção de ± 1,005 kg MS/ha e volume de precipitação de 1,3 mm, com maior índice de forragem disponível (kg MS/ha). As famílias identificadas, que apresentaram o maior número de espécies, foram, por exemplo, marmeleiro, jurema-preta e cabeça-de-velho. A disponibilidade de forragem está ligada ao quantitativo de espécies forrageiras na área, bem como seu percentual de serrapilheira. No estudo verificou que a máxima produção de biomassa é em função da precipitação pluvial e a composição florística da Caatinga na área de estudo apresentou 33 espécies, sendo em sua maioria herbáceas.