Análise Estatística da Localização dos Agricultores Orgânicos Certificados em Mato Grosso do Sul
Palavras-chave:
Agroecologia, Agricultura Familiar, Políticas Públicas, Transição Agroecológica, SustentabilidadeResumo
O movimento orgânico no estado do Mato Grosso do Sul, ganhou força a partir de 1998, quando diversos movimentos sociais e instituições públicas se reuniram para ações conjuntas em apoio e fomento da produção orgânica. Organizações como APOMS e ABPO, fundadas em 2000 e 2001 respectivamente tem atuado em conjunto com universidades, instituições de pesquisa e extensão rural para desenvolver o sistema. Desde 2002, grandes encontros técnico-científicos abertos à participação dos agricultores e comunidades tradicionais têm mobilizado grande número de pessoas, com apresentação de grande número de trabalhos científicos e realização de oficinas técnicas. Este trabalho teve como objetivo avaliar através dos dados do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, do MAPA, como este esforço se traduziu em número de unidades produtivas certificadas no estado. Os dados analisados incluíram o número de produtores, as características da produção e os sistemas de certificação adotados no estado de Mato Grosso do Sul, comparados aos registrados nas demais regiões do Brasil. Os resultados mostraram que o estado possuía, em maio de 2024, 32 unidades certificadas, 19 por certificação participativa e 13 por auditoria, colocando o estado no penúltimo lugar entre os estados brasileiros em relação ao número unidades de certificadas, na frente apenas de Acre e Tocantins. Este resultado é muito baixo em relação a todo esforço, mobilização, e estrutura disponível, que ocorreu no estado nos últimos anos. Por isso, é fundamental aprofundar este trabalho, buscando encontrar quais são os entraves que estão impedindo que tanto grandes fazendeiros como agricultores familiares tenham dificuldade em conseguir a certificação, seja por auditoria ou por certificação participativa.
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