Potencial de sequestro de carbono em pastagens da região sul do Brasil: uma revisão sistemática
Palavras-chave:
manejo conservacionista, mudanças climáticas, textura do soloResumo
Desde a revolução industrial, a atividade humana foi responsável pela emissão de aproximadamente 2500 Gt de CO2, aumentando em 50% a concentração de CO2 atmosférico. Buscando por valores de sequestro de carbono (SEQ) em pastagens manejadas nas regiões sul e sudeste do Brasil, foi realizada uma revisão sistemática de literatura para subsidiar uma estimativa de potencial de SEQ pelo solo através da recuperação de pastagens degradadas, adotando técnicas conservacionistas e regenerativas de manejo agropecuário. Os resultados revelam que pastagens manejadas podem sustentar taxas de SEQ da ordem de 2,50 Mg C ha-1 ano-1 por períodos da ordem de 20 anos. Nas atuais condições de ocupação das pastagens da região sul, é estimado que estas áreas teriam potencial para sequestrar de 0,433 a 1,273 Gt CO2 ao final de um período de 20 anos, caso conduzidas sob práticas de manejo adequadas. Esta grandeza é pouco representativa para reduzir a concentração atmosférica de emissões legadas e contribuir significativamente para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, reforçando a importância de priorizar reduções de emissões como principal estratégia de mitigação. Entretanto, a literatura sugere que boas práticas de manejo agropecuário podem contribuir de forma relevante para uma trajetória de descarbonização compatível com as metas do Acordo de Paris, de limitar o aquecimento do planeta entre 1,5º e 2ºC até o final do século.
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