Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) no Município de Campo Grande/MS
Conhecimento Popular, Consumo e Comércio
Palavras-chave:
Segurança alimentar, Soberania Alimentar, SustentabilidadeResumo
O estilo de vida da sociedade e a globalização têm acarretado o esquecimento do referencial cultural local, como implicação, várias práticas de manejo agrícola, assim como cultivos antes difundidos caíram no esquecimento. As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) são fontes alimentares que se desenvolvem em ambientes naturais sem a necessidade de aplicações de fertilizantes e agrotóxicos ou abertura de novas áreas. O consumo desses vegetais é uma importante estratégia para a diversificação alimentar e para o estímulo da manutenção de áreas de preservação. Em função disso, o presente estudo objetivou a avaliação do consumo, da comercialização e do conhecimento da população urbana do município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, sobre Hortaliças Não Convencionais, por meio de visitas a 7 feiras livres, sendo uma por região da cidade, onde foram realizadas cerca de 220 entrevistas semiestruturadas, com pessoas aleatórias que transitavam pelos centros comerciais. Os valores obtidos foram expressos em porcentagem, além disso, os dados foram discutidos qualitativamente. O presente estudo permitiu aclarar que uma grande parcela da população campo-grandense desconhece a classificação “Plantas Alimentícias Não Convencionais” ou a sigla “PANCs”, porém parte dos que desconhecem a denominação já consumiram alguma PANC. Além disso, a Taioba e o Cará-do-ar se destacam como as hortaliças não convencionais mais consumidas ou citadas pelos entrevistados. As PANCs são dificilmente encontradas no comércio local, e quando encontradas, é principalmente em feiras livres, oriundas de cultivo de pequenos agricultores.