Construindo transição agroecológica no Mato Grosso: resistência ao modelo hegemônico da pecuária industrial

resistance to the hegemonic industrial livestock model

Autores

  • Sílvio Isoppo Porto Universidade Pablo de Olavide
  • Diana Aguiar Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE)
  • Fátima Aparecida Moura Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE)
  • Leonel Wohlfahrt Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE)

Palavras-chave:

pecuária industrial; assentamento de reforma agrária; transição agroecológica; mercado institucional.

Resumo

No Assentamento Roseli Nunes, as estratégias produtivas e de comercialização das famílias articuladas no movimento agroecológico constituíram um enclave de resistência. Entre 2005 e 2014, a Associação Regional de Produtores Agroecológicos (ARPA) passou a acessar os mercados institucionais, o que possibilitou a diversificação produtiva de base agroecológica, contribuiu para a recomposição florestal e o resgate e promoção da biodiversidade, sobretudo por meio dos quintais produtivos articulados pelas mulheres. Por meio desse processo, a ARPA se fortaleceu enquanto ator socioprodutivo e político. A observação da experiência, no entanto, revela os desafios impostos pelo desmonte das políticas que balizaram essa experiência e o incentivo estrutural histórico à pecuária industrial. Ainda assim, percebe-se a persistência dos assentados organizados na ARPA em avançar na transição agroecológica, enfrentando o principal desafio de assegurar meios que viabilizem estabelecer conexões no território.

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Publicado

2020-07-10

Edição

Seção

CBA - Economias dos Sistemas Agroalimentares de Base Agroecológica