Emancipação de mulheres por meio de práticas agroecológicas

Autores

  • Grasiele Berticelli UFFS
  • Tarita Cira Deboni
  • Naira Estela Mohr
  • Vanderleia Laodete Pulga

Palavras-chave:

Palavras-chave: Agroecologia; Agronegócio; Mulheres; Emancipação; Feminismo.

Resumo

O estudo aborda a temática da emancipação de mulheres por meio de práticas agroecológicas. Tem como objetivos: a) denunciar o mecanismo destrutivo do modelo convencional de agricultura proveniente da Revolução Verde, que produz e reproduz exploração e desigualdades; b) validar a Agroecologia como caminho emancipatório feminino e de luta contra o modelo do Agronegócio, com base em experiências reais de conquista da autonomia; c) apontar o Feminismo Camponês Popular como movimento e debate fundamental a ser feito para o empoderamento das mulheres do campo. Como metodologia, foram entrevistadas cinco mulheres de municípios das regiões norte e noroeste do RS, ligadas a entidades engajadas na construção da autonomia das mulheres e da Agroecologia, sendo três do Movimento de Atingidos/as por Barragens – MAB, de Alecrim, uma do Movimento de Mulheres Camponesas – MMC, de Charrua e uma da Rede Ecovida de Agroecologia, de Severiano de Almeida. Dentre os principais resultados obtidos, estão a melhora na qualidade de vida e na saúde das famílias, a construção da soberania alimentar e de diversas formas de emancipação, como nas relações de gênero, política, econômica, deliberativa, nutricional. Nesse contexto, a Agroecologia, que só é possível aliada ao feminismo e à luta social, se apresenta como uma importante ferramenta de contraposição ao Agronegócio e um caminho de emancipação para as mulheres, por possibilitar o despertar de consciência e a construção da autonomia, em suas diversas formas.

 

 

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Publicado

2020-07-03