Distribuição espacial da mortalidade por câncer infanto-juvenil e do uso de agrotóxicos no Mato Grosso, Brasil

Autores

  • Mariana Rosa Soares Universidade Federal de Mato Grosso
  • Marcia Leopoldina Montanari Corrêa Universidade Federal de Mato Grosso
  • Wanderlei Antonio Pignati Universidade Federal de Mato Grosso

Palavras-chave:

agrotóxico; mortalidade; câncer infanto-juvenil, análise espacial.

Resumo

O câncer é um grave problema de saúde pública e se apresenta como a segunda causa de mortalidade entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, um dos fatores modificáveis para o aumento da incidência e mortalidade está relacionado a exposição aos agrotóxicos. Este estudo teve como objetivo caracterizar o uso de agrotóxicos e a taxa de mortalidade por câncer infanto-juvenil nos municípios de Mato Grosso no período de 2013 a 2017. Trata-se de um estudo ecológico com base em dados secundários de mortalidade por câncer infanto-juvenil do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e da base de dados do IBGE/SIDRA do estado de Mato Grosso. Entre os anos de 2013 a 2017, a média de consumo foi de 205,4 milhões de litros de agrotóxicos. A distribuição espacial mostrou que a maior parte dos coeficientes de mortalidade por câncer infanto-juvenil está localizada em municípios com grande produção agrícola. A exposição aos agrotóxicos contribui para o aumento da mortalidade por câncer e as práticas agroecológicas e a redução do uso de agrotóxicos podem auxiliar na redução do adoecimento por câncer na população matogrossense.

Biografia do Autor

  • Mariana Rosa Soares, Universidade Federal de Mato Grosso

    Possui graduação em Enfermagem pela Universidade de Cuiabá (2013), especialista em Enfermagem Obstétrica pela Faculdade Afirmativo (2016). Especialista em Didática do Ensino Superior pela UNIC (2017).Foi docente da Universidade do Estado de Mato Grosso e UNIC. Atualmente é Mestranda em Saúde Coletiva pela UFMT, na linha de pesquisa Diversidade Sócio-cultural, ambiente e trabalho.

  • Marcia Leopoldina Montanari Corrêa, Universidade Federal de Mato Grosso

    Graduada em Nutrição pela Faculdade de Nutrição/Universidade Federal de Mato Grosso (2002), possui o título de Mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (2006) e Especialista em Vigilância Alimentar e Nutricional para Populações Indígenas pela ENSP/FIOCRUZ (2010). Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde e Sociedade e Saúde Indígena. Já atuou como consultora na área de Saúde Coletiva em atividades na Organização Pan-Americana de Saúde e UNESCO. Possui experiência em ensino Técnico, pois atuou como docente da Escola Técnica Estadual de Barra do Garças, em cursos das áreas de Alimentos e Saúde. Atuou como docente das disciplinas Avaliação Nutricional, Epidemiologia e Bioestatística, Saúde Coletiva e Saúde Indígena nos cursos de Nutrição, Farmácia e Enfermagem das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia, onde também foi Coordenadora do Curso de Nutrição no período de 2008 a 2012. Foi docente do Instituto Federal de Mato Grosso e Coordenadora do Curso Técnico em Alimentos do Campus Rondonópolis. Atualmente é Professora Assistente do Departamento de Saúde Coletiva, atuando nas áreas de Políticas e Planejamento em Saúde e Coordenadora do Curso de Graduação em Saúde Coletiva no Instituto de Saúde Coletiva/UFMT.

     

  • Wanderlei Antonio Pignati, Universidade Federal de Mato Grosso

    Possui graduação em Medicina pela Universidade de Brasília (1976), Mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal de Mato Grosso (1996) e doutorado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Fundação Oswaldo Cruz (2007). Atualmente é professor/pesquisador associado e integrante do Núcleo de Estudos Ambientais e Saúde do Trabalhador ? NEAST da Universidade Federal de Mato Grosso. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Vigilância em Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde e ambiente, saúde do trabalhador, saúde ambiental, avaliação de riscos, saúde rural e agrotóxicos. Membro da ABRASCO e pesquisador dos Impactos do Agronegócio na Saúde e Ambiente.

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Publicado

2020-05-27

Edição

v. 15 n. 2 (2020): Anais do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia, São Cristóvão, Sergipe

Seção

CBA - Agrotóxicos e Transgênicos