As feiras de trocas de sementes crioulas como expressão da ecologia de saberes
Palavras-chave:
Biodiversidade Brasileira; Agricultura familiar; Sistema Informal de Produção de Sementes Crioulas; Saberes Ecológicos.Resumo
A legislação brasileira referente a sementes atende, principalmente, aos interesses e necessidades do sistema ‘formal’ de sementes e desconsidera o importante papel dos sistemas ‘informais’, nos quais as atividades de produção, intercâmbio, melhoramento e conservação de sementes são realizadas pelos próprios agricultores por meio de suas redes sociais e segundo as normas locais. E, nessa perspectiva, em decorrência à uniformização e maximização da produção agrícola, as sementes crioulas, decorrentes da conservação e melhoramento milenares realizados pelos agricultores, estão sujeitas a movimentos locais de resistência. Nesta perspectiva, através de metodologia de revisão bibliográfica, o objetivo deste artigo é analisar a ocorrência de Feiras de Troca de Sementes Crioulas na perspectiva da epistemologia pós-abissal da ecologia de saberes exercida pelos Guardiões de Sementes Crioulas, como movimento fundamental à conservação da biodiversidade agrícola, e expressão da Agroecologia.