Aceitabilidade da palma miúda (Nopalea cochenillifera) em receita regional de cuscuz no Curimataú paraibano
Palavras-chave:
cactáceas; segurança alimentar, produção de alimentos; agroecologiaResumo
O atual modelo agrícola e seu pacote tecnológico proporcionou o aumento produtivo de várias culturas, contudo, fomentou e estimulou ao uso excessivo de agrotóxicos no mundo inteiro, causando fortes danos não somente ao meio ambiente, como também influenciando toda uma cadeia alimentar, principalmente as ligadas à agricultura familiar. A Agroecologia surge para difundir e reaprender caminhos ligados a uma agricultura ambientalmente sustentável, como também, culturalmente e socialmente. As culturas alimentares requerem inovações a parti de seus ambientes de convívio, com isso necessita-se do uso de novas tecnologias, como por exemplo, aproveitar o uso de cactáceas na alimentação humana, como por exemplo, a palma. A mesma é uma cultura resistente e adaptável ao clima Semiárido, assim como nutricionalmente rica; tornando-a possível nas diversas utilidades, como receitas típicas da região, propondo assim a valorização das plantas xerófitas e agregando um valor nutricional e uma segurança alimentar a todas as comunidades. Esta pesquisa foi desenvolvida durante 6 meses, entre três comunidades e assentamentos nas cidades de Picuí e Cuité, ambas no estado da Paraíba. Foram ministradas oficinas em cada comunidade, explorando as múltiplas utilidades da palma forrageira dentro da agricultura familiar, dando suporte as suas potencialidades dentro do desenvolvimento rural e social. Seguindo uma metodologia participativa entre todos os participantes, onde ao final desta pesquisa, pode-se avaliar o uso da palma forrageira dentro da agricultura local, e principalmente atestar de forma positiva ao final da aplicação dos questionários o uso e aceitação da mesma em receitas regionais, e sua possível aceitação no mercado.