Agricultura familiar feminismo e Agroecologia
Palavras-chave:
Feminismo, AgroecologiaResumo
O presente trabalho relata a experiência agroecológica desenvolvida no povoado Barro Vermelho, localizado a 15 km do rio São Francisco, município de Nossa Senhora de Lourdes, alto Sertão sergipano. A cidade está localizada a 135 km da capital do estado, Aracaju, e estima-se uma população de 6.238 habitantes dados do IBGE. Também é de característica da região o bioma da caatinga, clima tropical, com solos argissolos, arenosos e pedregosos. Com relação a sua base econômica na agropecuária, encontramos vasta criação de gado leiteiro e, nos últimos anos, a intensificação da monocultura do milho.
Em meio a este cenário, essa experiência foi desenvolvida na propriedade denominada Sítio Cajarana, propriedade em que reside minha família, que nasci e que vivo até hoje. Iniciamos os primeiros passos de nossa experiência agroecológica a partir da minha participação no Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste (MMTR-NE). É importante destacar que o MMTR-NE é uma organização de mulheres rurais que atua nos nove estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) desde 1986. Atualmente, sua sede administrativa fica na cidade de Caruaru, Pernambuco, e sua estruturação enquanto Movimento está baseada na auto-organização de mulheres em grupos de base nas comunidades, municípios e estados. Com isto, nos articulamos enquanto movimento social para pensar em estratégias conjuntas que considere nossa grande diversidade de atividades e organização política.
Sendo assim, nosso trabalho tem como objetivo mostrar a produção que desenvolvemos através da implantação de uma pequena horta nos moldes de uma agricultura baseada nos princípios da sustentabilidade através das práticas agroecológicas.