Mutirões feministas agroecológicos na zona oeste do Rio de Janeiro: o direito de morar e plantar
Palavras-chave:
feminismos periféricos, moradia, Soberania Alimentar, autogestãoResumo
A Coletiva Popular de Mulheres da Zona Oeste é um movimento cujos feminismos nos territórios do Rio de Janeiro pauta, a partir da Agroecologia, a luta pelo direito das mulheres periféricas a terem moradia, preservando seus quintais agroecológicos. Partindo dessas premissas, em 2018, foi iniciado o projeto Mulheres em Ação, mutirões feministas na ocupação urbana Bosque dos Caboclos, periferia do Rio de Janeiro. Com os questionamentos e necessidades objetivas que refletem a urgência da luta por moradia digna para muitas mulheres, com base na autogestão, os feminismos foram postos para coadunar o direto de morar, mas também o direito de plantar, dado que grande parte das mulheres nesse território possuem a agricultura agroecológica como mote tanto produtivo, resgate de ancestralidade e promoção da saúde. E, na Zona Oeste, território com histórico agrícola, a atuação da Coletiva é dada em contraponto à produção imobiliária que fomenta cada vez mais os espaços menores, suprimindo os quintais e com ele o direito da Soberania Alimentar de grande parte da população.