Community supported agriculture (CSA): uma forma de estimular o campesinato e a soberania alimentar?

Resumo

Sabe-se que a relação do homem com a terra vem se modificando desde os primórdios da humanidade. Desta maneira, desde que o homem primitivo identificou no solo um potencial de sobrevivência, construiu-se a história das civilizações. Nos dias atuais é preciso ressignificar a história! Promover uma cultura diversificada daquela que construímos ao longo de gerações e interiorizar que a agricultura é o fundamento de toda cultura, tendo algo em comum com todos. Neste sentindo, surge a Community supported agriculture (CSA) – Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA) como organismo social vivo que integra a capacidade dos seus membros a se autoeducar para lidar com questões de âmbito social, ecológico, econômico, espiritual, legal, cultural e pedagógico. Nesta concepção, ao analisar as características específicas da identidade camponesa, destaca-se o trabalho com a ajuda da família - à qual não remunera segundo a ótica capitalista - a luta por formas sociais e culturais próprias de organização, bem como a segurança e a qualidade do alimento. Características essas que se estreitam com o papel de uma CSA, a qual vem reinventando a forma de fazer agricultura no Brasil e no mundo.