"Oi, meu bem!” - Por uma epistemologia agroecológica dos afetos a partir do corpo da mulher e da terra

Autores

  • Mariana Berta PPGAV0DESC - MMC/SC Movimento de Mulheres Camponesas SC
  • Karoline Ruiz Ferreira
  • Natália Andrade
  • Priscila Carlon

Palavras-chave:

Palavras-Chave: ecofeminismo; semente crioula, corpo, desejo.

Resumo

A domesticação da mulher e da natureza são relacionadas pelo Ecofeminismo, que entende que a natureza é subordinada ao prazer do ser humano tal qual a mulher ao prazer do homem. Esse entendimento é diretamente relacionado com a função atribuída às mulheres (reprodução) e à terra (produção). Da mesma forma que a “mãe” natureza é vista como abundante e rica, a “mãe” mulher também acolheria a todos a partir de sua condição naturalizada de geradora da vida. Existe, nesse aspecto, uma deserotização da mulher à partir do momento que se torna mãe, assim como a deserotização da terra “que tudo dá e nada pede em troca”, ao mesmo tempo, o corpo feminino segue sendo hipersexualizado em todas as situações, tendo que ser encoberto muitas vezes, distintamente do masculino. A relação poética do corpo feminino com o corpo da terra e a semente crioula, tem como intuito questionar e pôr em crise o conjunto de desejos atribuídos a ambas, provocando o imaginário comum no sentido da emancipação de concepções naturalizadas até os dias de hoje. O trabalho acontece por meio de um ensaio fotográfico entrelaçado à um poema e sua materialidade final é reunida no formato de uma publicação de artista.

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Publicado

2020-07-03