Jovens rurais do Recôncavo da Bahia: porque ir para a cidade?

Why go to town?

Autores

  • Joelton Belau da Silva Cooperativa de Trabalho e Assistência a Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte
  • Ana Georgina Peixoto Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Palavras-chave:

Juventudes Rurais; Jovens do Agricultores; Migração; Agroecologia.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi estudar o fenômeno da migração de jovens do campo para a cidade no Recôncavo Baiano. Buscou-se relacionar as transformações sócio-históricas do rural com as condições objetivas e subjetivas desses jovens com fins de identificar os fatores que estimulam o fenômeno em estudo. Este tema é relevante para a construção do conhecimento agroecológico haja vista que a democratização dos sistemas agroalimentares não se realizará sem gente no campo. O estudo foi conduzido com jovens que se identificam como rurais e que são estudantes do Projeto Quilombo Educacional da UFRB. Constatou-se que, apesar das famílias serem proprietárias de terra, estas são na sua maioria menores de 10 ha. Vários motivos as levam a buscar estudar na universidade, desde a recusa pelas difíceis condições da vida no campo e uma esperança de que com um diploma de graduação consigam melhorias na qualidade de vida das suas famílias, até a esperança de conseguir um emprego na cidade.

Biografia do Autor

Joelton Belau da Silva, Cooperativa de Trabalho e Assistência a Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte

É Técnico Agrícola com Habilitação em Agropecuária pela Escola Agrotécnica Federal de Senhor do Bonfim - BA (EAFSB/BA). Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Cursando Pós-Graduação Lato Sensu em Desenvolvimento Sustentável no Semiárido com Ênfase em Recursos Hídricos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IFBAIANO). Atualmente trabalha na Cooperativa de Trabalho e Assistência a Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte, onde foi Animador de Campo e Coordenador do projeto "Apoio à Rede de Feiras Agroecológicas do Piemonte da Diamantina", atualmente contribui como Diretor Financeiro da COFASPI  e Consultor para Plano de Negócios do Projeto Bahia Produtiva.

Ana Georgina Peixoto, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Possui graduação em Ciências Econômicas (1995) e mestrado em Administração (2001) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutorado em Desenvolvimento Rural (2010) pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PGDR/UFRGS). Pós-doutorado (2016), no Laboratoire Dynamiques Sociales et Recomposition des Espaces (LADYSS), na Université Paris Ouest Nanterre La Défense, com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Atualmente é Professora adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB). Tem experiência na área de desenvolvimento rural, atuando principalmente com os seguintes temas: agricultura familiar, desenvolvimento territorial, associativismo e políticas públicas.

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Publicado

2020-06-17