Entre a Agroecologia e a “Eucaliptização” da paisagem rural

Autores

  • Natália Gonçalves Andrade Universidade Federal de Santa Catarina
  • Abdon Luiz Schmitt Filho
  • Alfredo Celso Fantini
  • Joshua Farley
  • Rodrigo Macedo
  • Giovana Pittarelli Bento UFSC
  • Ana Cláudia Heck

Palavras-chave:

eucalipto, floresta nativa, erosão, serviços ecossistêmicos

Resumo

A biodiversidade dos ecossistemas encontra-se ameaçada, dentre outras causas pelo cultivo de monoculturas em larga escala. Dentre estas monoculturas, o cultivo de eucalipto tem sido amplamente difundido no Brasil. Estudos constataram que a monocultura de eucalipto pode ocasionar perda de biodiversidade e afetar o escoamento superficial favorecendo o processo erosivo. Neste estudo, foi avaliado o avanço da “eucaliptização” na Capital Catarinense da Agroecologia, município de Santa Rosa de Lima, e a problemática resultante da atividade. Utilizando o software ArcGIS 10.2 foram criados os mapas de uso da terra, através dos quais constatou-se um notável aumento da silvicultura do eucalipto, acompanhado de uma redução da cobertura florestal nativa entre os anos de 2002 e 2010. Programas de incentivo ao cultivo dessa espécie exótica, junto a um conceito amplamente difundido de considerá-lo como cobertura florestal vêm descaracterizando a paisagem rural, com possíveis impactos ambientais ainda pouco avaliados, como uma significativa redução dos serviços ecossistêmicos essenciais para a própria atividade agrícola e em especial agroecológica.

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Publicado

2020-09-07

Edição

Seção

CBA - Manejo de Agroecossistemas de Base Ecológica