A RESISTÊNCIA DA MULHER CAMPONESA NA TRANSFORMAÇÃO AGROECOLÓGICA: RELATOS DE UMA EDUCADORA DO CAMPO, NO ACAMPAMENTO RENASCER – DF
Palavras-chave:
Agrobiodiversidade, Movimentos Populares, Ancestralidade, Luta feministaResumo
O presente artigo visa refletir sobre a resistência da mulher camponesa diante das transformações agroecológicas na luta pela terra. O relato de experiência popular disserta sobre a história de vida de Maristela Soeira, educadora do campo que transformou a área degradada em que morava no acampamento Renascer, em um ambiente agrobiodiverso. As práticas ancestrais de produção e de cura foram definitivas para que, hoje, Maristela esteja fazendo história, seu saber empírico vai muito além do apenas plantar. As ervas, a arte e a agroecologia foram as principais articulações tanto para produzir, como para melhorar sua autoestima e condição alimentar. Fortalecendo e transformando-a na mulher que é hoje, guardiã e produtora da agrobiodiversidade, em ambientes de recursos naturais e financeiros escassos, educadora popular na luta pela liberdade e equidade de gênero e transformadora do meio em que vive, diante dos recursos locais.