GÊNERO E MEIO AMBIENTE: ESTUDO DE CASO DAS MULHERES DO MOVIMENTO SEM TERRA DO ACAMPAMENTO EDSON NOGUEIRA, MACAÉ – RJ

Autores

  • Victória Mantuan
  • Ramiro Dulcich Piccolo
  • Rodrigo Lemes Martins

Palavras-chave:

Gênero; Feminismo Radical; Plantas Medicinais; Divisão sexual do Trabalho.

Resumo

O presente trabalho é um estudo de caso centrado em um grupo de mulheres
rurais do Acampamento Edson Nogueira, que faz parte da luta pela Reforma Agrária
Popular do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), localizado no
distrito de Córrego Do Ouro em Macaé, Rio de Janeiro. É através dessa organização que
as mulheres desenvolvem suas práticas de produção e reprodução por meio do manejo
ecológico dos recursos naturais, construindo um espaço que propõe um modelo
sustentável que garante a sobrevivência e a resistência do grupo. A discussão que envolve
as mulheres sem-terra no contexto da luta pela Reforma Agrária Popular, compreende
que a sustentabilidade está atrelada com um conjunto de processos que abrangem a
diversidade cultural, racial e sexual. Para os Estudos Feministas, procuramos identificar
como se dão as relações de gênero e meio ambiente que se encontram no acampamento,
através de conhecimentos específicos do gênero feminino e a divisão sexual do trabalho.
Percebeu-se o uso de métodos alternativos à saúde administrados a partir das plantas
medicinais são preparados pelas mulheres acampadas, fruto da construção social. E a
divisão sexual do trabalho está relacionada no âmbito privado, tal como comandar a
cozinha coletiva. A discussão centra-se na necessidade de promover a ruptura de
paradigmas e estereótipos, desnaturalizando tarefas ditas como “de mulher” e “de
homem” pode construir uma sociedade mais igualitária e indicar novos rumos em direção
à representação das mulheres no caminho da sustentabilidade.

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Publicado

2021-07-05

Edição

Seção

Trabalhos apresentados sobre Mulheres, Feminismos e Agroecologia