Solidariedade de classe, raça e gênero no enfrentamento à fome e ao nutricídio: dos tempos de pandemia à incidência política
Palavras-chave:
interseccionalidade, feminismo, soberania alimentar, programa de aquisição de alimentos, alimento livre de agrotóxicoResumo
O presente artigo apresenta uma práxis interseccional no enfrentamento da insegurança alimentar grave, do nutricídio e apoio aos espaços de agriculturas urbana e periurbana da cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 2020–2023. Essa práxis recebe o nome de Teia de Solidariedade da Zona Oeste, doravante teia-zo. É uma costura de coletivas, que se formou a partir de 21 de março de 2020, logo em seguida à declaração de pandemia pela Organização Mundial de Saúde. Pretendemos aqui descrever a materialidade da luta contra a fome e o nutricídio na direção da soberania alimentar no contexto da pandemia. Delineamos os reflexos dessa experiência na atual luta por soberania alimentar das organizações das mulheres negras e antirracistas da Zona Oeste do Rio. A agricultura observada nas práticas empíricas da Teia de Solidariedade da Zona Oeste do Rio encontra-se nos limites conceituais de agricultura urbana e de uma ruralidade que teima em sobreviver nas bordas do Maciço da Pedra Branca. Através do Programa de Aquisição de Alimentos apresenta-se a possibilidade de ampliar localmente a produção agrícola voltada para o enfrentamento à insegurança alimentar grave.
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