Atitudes de cidadãos brasileiros sobre separação de bezerros e vacas em fazendas leiteiras - uma discussão da legislação orgânica

Autores

  • Angélica Roslindo Laboratório de Etologia Aplicada e Bem-Estar Animal (LETA)/Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural/ Universidade Federal de Santa Catarina
  • Maria Cristina Yunes Laboratório de Etologia Aplicada e Bem-Estar Animal (LETA)/Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural/ Universidade Federal de Santa Catarina
  • Maria José Hötzel Laboratório de Etologia Aplicada e Bem-Estar Animal (LETA)/Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural/ Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

bem-estar animal, naturalidade, leite

Resumo

Esta pesquisa visou avaliar a aceitabilidade social de manejos dos bezerros lactentes permitidos em fazendas leiteiras orgânicas do Brasil. Participaram de uma pesquisa online 543 cidadãos brasileiros de todas as regiões do país e variados estratos demográficos, que avaliaram a naturalidade e aceitabilidade de 1 entre 5 cenários de criação de bezerros lactentes: 1. contato com a mãe por 90 dias, 2. contato intermitente com a mãe por 90 dias, 3. contato com a mãe até os 7 dias de idade, seguido de criação com vaca-ama, 4. separado da mãe aos 7 dias e 5. separado da mãe no dia do nascimento. Os participantes consideraram a separação dos bezerros das vacas aos 0 ou 7 dias inaceitável. A opção considerada mais aceitável e natural foi o contato (contínuo ou intermitente) com a mãe por 90 dias, seguido da criação com vaca-ama. A legislação orgânica vigente no Brasil, que permite a separação do bezerro da vaca aos 7 dias de idade, não é compatível com as atitudes do público brasileiro.

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Publicado

2024-11-27