O poder do soja no Paraná e o uso de agrotóxicos: um desafio à agroecologia

Autores

  • Rosângela Pezza Cintrão Pesquisadora autônoma, associada ao CERESAN/CPDA/UFRRJ
  • Maria Isabel Trivilin PPGAS/Museu Nacional/UFRJ
  • Johanna Jacobi Universidade ETH Zurique-GTA (Grupo Transições Agroecológicas)
  • Réussite Bugale Malembaka Univ. ETH Zurique-GTA
  • Marie Sigrist Universidade ETH Zurique-GTA

Palavras-chave:

agronegócio, sustentabilidade, soja orgânica, poder, produtividade

Resumo

Neste trabalho, trazemos resultados preliminares de um estudo de caso sobre a sustentabilidade da soja no Paraná, com foco em alguns mecanismos e dinâmicas de poder que favorecem um maior uso de agrotóxicos e a generalização das sementes transgênicas, criando obstáculos a uma expansão da agroecologia. Entre as assimetrias de poder, destacamos o "poder de enquadramento" das corporações do agronegócio em colocar a produtividade, medida em kg/hectare de monoculturas, como o principal valor, associado à aplicação calendarizada e padronizada de agroquímicos (fertilizantes e agrotóxicos). Para além do "poder de enquadramento" estão presentes mecanismos associados ao "poder de desenho" que favorecem a expansão da soja transgênica. Por outro lado, indicamos processos sociais que buscam se contrapor a este poder, partindo de redes e atores de diferentes perfis, incluindo produtores ditos "sustentáveis" (orgânicos e não orgânicos), empresas privadas e governamentais.

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Publicado

2024-11-27

Edição

Seção

CBA - Contra os Agrotóxicos e Transgênicos