Complementação de renda através da coleta extrativista de espécies nativas do Cerrado: o Baru como estudo de caso
Palavras-chave:
biodiversidade, reforma agrária, agricultura familiar, bioma, pluriatividadeResumo
Devido às mudanças que vem ocorrendo nos sistemas de produção agrícola, é crescente o
número de assentamentos da reforma agrária que são formados por grupos de trabalhadores
rurais, que buscam ter acesso e posse das terras através do reordenamento agrário. Além
disso, precisam contar com a ajuda de políticas públicas e econômicas para que possam
estabelecer-se na terra e dela tirarem renda de forma sustentável. O presente artigo tem
como objetivo mostrar a relevância das práticas extrativistas e da pluriatividade como atividade
econômica importante, seja através da coleta e beneficiamento de frutos nativos, seja
através da conservação de outras espécies nativas do próprio Bioma Cerrado. As informações
foram coletadas através de pesquisa de campo em áreas de vulnerabilidade ambiental
do assentamento Egídio Brunetto, em Flores/GO. Pode-se constatar que mesmo diante de
muitas dificuldades socioeconômicas, os agricultores assentados buscam melhoria de renda
e tentam persistir no meio rural, conciliando suas atividades agrícolas com atividades extrativistas,
mantendo suas culturas, evitando o êxodo rural e conservando a biodiversidade local.
O destaque do estudo de caso de extrativismo é referente à espécie nativa do Baru.