Andarilhagem agroecológica das mulheres extrativistas

Autores

  • Francinalda Maria Rodrigues da Rocha Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
  • Jessé Lima da Silva Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Palavras-chave:

marisqueiras, quebradeiras de coco babaçu, educação popular, agroecologia

Resumo

A crise ambiental tem revelado a falência do capitalismo pautada na exploração irracional dos bens naturais. As pegadas humanas vêm antropizando os ecossistemas, sem preocupação com o equilíbrio ecológico e a existência de vida no planeta, intensificado pelo agronegócio. Em movimento contrário, a agricultura orgânica e ecológica, por meio da valorização dos saberes de populações tradicionais, dialoga e integra conhecimento científico e busca estratégias para contribuir com o desenvolvimento sustentável. Os conhecimentos das marisqueiras e quebradeiras de coco babaçu, trazem práticas eficientes para a conservação do meio ambiente, interligando o papel da mulher com uma relação harmoniosa com a natureza. Esse saber aliado a uma práxis dialógica é intermediada pela Educação Popular. Uma educação que permite a libertação da mulher como um processo de humanização ao se fazerem e se refazerem no mundo, permeada pela ação do agroextrativismo como forma de resistência ao modelo hegemônico e colonialista estabelecido para a mulher na agricultura. Neste sentido,  o relato de experiência vem trazer reflexões sobre o papel da mulher em seus diferentes modos de fazer e de saber na luta pela sobrevivência e na emancipação social. As lições aprendidas mostram que as mulheres têm resistência, cuidado e luta pelo equilíbrio planetário e sabem se reinventar a cada situação vivida.

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Publicado

2024-11-26

Edição

Seção

CBA - Gênero, Feminismos e Diversidades na Construção Agroecológica