Maré de mulheres: experiências de auto-organização coletiva frente à insegurança alimentar durante a pandemia do Covid-19
Palavras-chave:
capitalismo patriarcal, feminismos comunitários, auto-gestão dos territórios, soberania alimentarResumo
O capitalismo materializa sobre os corpos das mulheres, especialmente as não brancas, as formas mais cruas de opressão, colocando-as em situação de maior vulnerabilidade diante de crises sanitárias, climáticas e econômicas. Em territórios periféricos, as desigualdades atenuam-se, dada a constância nos conflitos, lacuna de serviços, infraestrutura e políticas públicas. A COVID-19 agravou a desigualdade econômica e aumentou o montante do orçamento familiar destinado à compra de alimentos e acesso à serviços (ARRETCHE, 2018). Por outro lado, vemos mulheres à frente da construção de redes, cobrando do poder público e construindo soluções desde e para o próprio território (FENIZOLA, 2020). Este relato busca olhar para as especificidades dos efeitos da pandemia sobre os corpos feminizados e racializados das mulheres do território do Complexo da Maré, a fim de visibilizar a auto-organização coletiva e suas alternativas para driblar a grave insegurança alimentar.
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