As mães pretas das hortas comunitárias: mulheres que “cultivam segurança alimentar solidária” entre a horta e a cozinha
Palavras-chave:
gênero, interseccionalidade, dororidade, agroecologiaResumo
Nesse trabalho buscamos conhecer quem são as mulheres que estão à frente das hortas comunitárias de Santana do Livramento/RS, bem como entender de que forma utilizam essas hortas para promover segurança alimentar e nutricional. As duas mulheres que protagonizam as hortas comunitárias que funcionam articuladas a cozinhas solidárias nos bairros São Paulo e Simão Bolivar são negras, da classe trabalhadora, mães e avós, lideranças sociais e mobilizam outras mulheres para desenvolver ações em prol de quem mais precisa. As dores sentidas na pele e no estômago por elas foram transformadas em potência para a transformação social, dororidade. Elas valorizam o coletivo e não medem esforços para diminuir os efeitos da miséria, promovendo o que chamamos de ‘segurança alimentar solidária’. As hortas comunitárias são utilizadas como ferramentas para tanto, garantindo a diversificação do cardápio da alimentação que é preparada e doada, com produtos saudáveis produzidos com base na agroecologia.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.