As mães pretas das hortas comunitárias: mulheres que “cultivam segurança alimentar solidária” entre a horta e a cozinha

Autores

  • Leonardo Souto UERGS
  • Cassiane da Costa UERGS
  • Biane de Castro UERGS
  • Angélica Arrué UERGS
  • Cleonice Rubim Machado UERGS
  • Aliandra da Silva Cunha Alves UERGS

Palavras-chave:

gênero, interseccionalidade, dororidade, agroecologia

Resumo

 Nesse trabalho buscamos conhecer quem são as mulheres que estão à frente das hortas comunitárias de Santana do Livramento/RS, bem como entender de que forma utilizam essas hortas para promover segurança alimentar e nutricional. As duas mulheres que protagonizam as hortas comunitárias que funcionam articuladas a cozinhas solidárias nos bairros São Paulo e Simão Bolivar são negras, da classe trabalhadora, mães e avós, lideranças sociais e mobilizam outras mulheres para desenvolver ações em prol de quem mais precisa. As dores sentidas na pele e no estômago por elas foram transformadas em potência para a transformação social, dororidade. Elas valorizam o coletivo e não medem esforços para diminuir os efeitos da miséria, promovendo o que chamamos de ‘segurança alimentar solidária’. As hortas comunitárias são utilizadas como ferramentas para tanto, garantindo a diversificação do cardápio da alimentação que é preparada e doada, com produtos saudáveis produzidos com base na agroecologia. 

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Publicado

2024-11-26

Edição

Seção

CBA - Gênero, Feminismos e Diversidades na Construção Agroecológica