Bancos de sementes como instrumento de conservação da sociobiodiversidade
Palavras-chave:
armazenamento, sementes crioulas, produtividadeResumo
Os bancos de sementes têm se mostrado eficientes Metodologias para o resgate e armazenamento
de sementes crioulas que há muito são passadas de geração em geração na agricultura
familiar. O objetivo do trabalho foi fazer uma comparação das variedades mais cultivadas,
doenças ocorridas, produtividade e formas de armazenamento de sementes crioulas entre os
bancos de sementes comunitários do Sítio Cruz, Garanhuns e Sítio Colônia, Jupí, no Agreste
Meridional de Pernambuco. Através de entrevistas semiestruturadas direcionadas aos associados
dos Bancos do Sítio Cruz e Sítio Colônia foi aplicado um formulário. Os bancos
apresentaram principalmente variedades de: feijão (Phaseolus vulgaris), milho (Zea mays spp.
mays) e fava (Vicia faba), sendo as variedades de feijão carioca, rosinha, preto e boi deitado
as mais cultivadas no Sítio Colônia. Já no Sítio Cruz são: feijão bage rosa, preto e mulatinho.
Em relação às doenças, nas duas comunidades ocorre a antracnose (Colletotrichum lindemuthianum)
do feijão, com adição do mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) no Sítio Cruz e de
presença de lagartas (Spodoptera frugiperda) nas espigas de milho no Sítio Colônia. Quanto
ao armazenamento, o Sítio Colônia não apresenta pragas. Já no banco do Sítio Cruz, há relato
de gorgulho no feijão (Sitophilus zeamais Mots.). A produtividade para o feijão que é a principal
cultura fica entre ½ a 3 sacos/Ha e quando em condições favoráveis, a média é de 10 sacos/
ha. Portanto, o feijão é a cultura mais cultivada pelos associados dos dois bancos, devido sua
utilidade alimentícia diária e fácil escoamento de produção.