Geração de renda para jovens e mulheres por meio da participação em pontos fixos agroecológicos de comercialização

Resumo

No Agreste da Paraíba, se constituiu no final dos anos 1990 uma articulação de sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais que, naquele momento se organizava em torno da luta pela democratização do acesso aos espaços públicos de comercialização, que até então, privilegiava apenas os grandes atacadistas da região. O Polo da Borborema articula 13 sindicatos de trabalhadoras e trabalhadores rurais, em 14 municípios do Agreste da Borborema, uma associação regional de agricultores e agricultoras ecológicos (EcoBorborema), uma cooperativa (CoopBorborema) e mais de 150 de associações e grupos informais da agricultura familiar. O objetivo dessa sistematização é de relatar a experiência da rede de Quitandas e o impacto do fortalecimento de circuitos curtos de comercialização no território da Borborema. Cada Quitanda constrói regras assentadas em princípios e valores como solidariedade, cooperação, ajuda mútua e reciprocidade para a construção de normas de gestão, precificação, e funcionamento. São nas reuniões que cada Quitanda vai desenhando sua forma de atuar no município. No ano de 2020, as Quitandas mesmo em períodos críticos de pandemia, obtiveram sucesso em relação à comercialização dos produtos, chegando a comercializar cerca de 25,9 toneladas de alimentos, somando um total de R$111.400,00 mil reais. Durante os últimos três anos de experiências das Quitandas, as mídias sociais como Whatsapp e Instagram se transformaram nas principais ferramentas para divulgação e comercialização, facilitando inclusive a interação entre consumidores e fornecedores.