A importância da cozinha e da culinária para a transição ecológica: reflexões a partir de experiências populares na região metropolitana do Rio de Janeiro

Autores

  • Bibi Cintrão Rede Ecológica do Rio de Janeiro
  • Denise Gonçalves Comissão de Cozinha da Rede Ecológica do Rio de Janeiro
  • João Cândido Rede Ecológica do Rio de Janeiro
  • Ana Santos CEM - Centro de Integração na Serra da Misericórdia
  • Ana Paula Rodrigues Fundação Angélica Goulart (FAG)
  • Sarah Rúbia Nunes Baptista Articulação Popular das Vargens, Feira da Roça Agroecologia e Cultura de Vargem Grande, Amavag (Associação de Moradores e Amigos de Vargem Grande, Agrovargem (Associação de Agroecologia se Vargem Grande),Teia de Solidariedade da Zona Oeste; Rede Ecológica (Núcleo Vargem Grande); SPG de processados da ABIO
  • Miriam Lagenbach Rede Ecológica do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

rede, compras coletivas, cozinha, consumo ético, experiência popular

Resumo

A experiência popular aqui narrada se constitui como uma das atividades na frente de formação dos consumidores urbanos da Rede Ecológica (Rede), referente à comissão de cozinha e ao trabalho com as receitas e com a culinária. A Rede é uma organização de consumidores da região metropolitana do Rio de Janeiro criada em 2001, que realiza compras coletivas de produtos agroecológicos e da economia solidária e se define como um movimento social para fomentar o consumo ético, solidário e ecológico. A Rede tem atualmente em torno de 180 famílias associadas, a maioria de classe média urbana. Os produtos são originários de mais de 30 grupos e/ou famílias agricultoras/ produtoras e se busca suprir ao máximo o consumo de alimentos das/dos seus associados. Os princípios para a inserção de produtos e produtores, além das práticas agroecológicas e não uso de agrotóxicos (não é necessária certificação formal), são a produção familiar, com prioridade para grupos organizados em coletivos e assentamentos da reforma agrária popular vinculados a movimentos sociais, e a menor distância possível dos consumidores. Além das compras coletivas, a Rede se organiza em três outras frentes: a solidariedade entre campo e cidade, através da interação entre as famílias agricultoras e os consumidores da cidade, a comunicação e formação dos consumidores e a integração com movimentos sociais em torno da segurança alimentar e nutricional. 

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Publicado

2024-11-26

Edição

Seção

CBA - Sistemas Agroalimentares e Economia Solidária