Mulheres que manejam plantas medicinais: caracterização de uso e tipos em comunidades camponesas na microrregião bragantina
Palavras-chave:
saúde, agroecologia, ervas medicinais, comunidadesResumo
Estudo com mulheres agricultoras que utilizam plantas medicinais, cujo objetivo foi descrever o conhecimento e as práticas locais de manejo das plantas medicinais pelas mulheres da microrregião Bragantina, visando compreender as relações quanto ao cuidado da saúde. As plantas medicinais nas comunidades pesquisadas são muito importantes no tratamento de doenças para grande parte da população, e, numa perspectiva da agroecologia, a mulher é a guardiã da saúde da família, para elas cuidar de algum doente se torna um processo quase natural. Os procedimentos metodológicos se deram por meio da pesquisa-ação participativa com visitas as comunidades para observação e participação nas atividades das mulheres. Foram realizadas entrevistas e encontros com grupos de mulheres nos quais fez-se aplicação de questionários e diversas atividades coletivas. Identificou-se saberes a respeito de plantas que são utilizadas para tratar doenças infecciosas e parasitárias. Constatou-se que o uso das plantas medicinais para alguns usuários das comunidades tratadas tem relação direta com as dificuldades de acessar as políticas de saúde, e que as erveiras, parteiras, ou benzedeiras são as opções mais acessíveis. Evidencia-se que é necessário que esta prática receba atenção dos gestores de saúde pública para garantir o uso dessas plantas de modo seguro para essas populações, visto que muito se tem perdido dos conhecimentos empíricos. Algumas mulheres persistem no trabalho da produção de remédios caseiros, na resistência de manter os saberes de seus antepassados e promover a saúde na sua comunidade.
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