Saúde coletiva e agroecologia: aproximações e diálogos em torno dos agrotóxicos

Resumo

O trabalho almeja analisar as mobilizações da Saúde Coletiva e da Agroecologia em torno dos agrotóxicos como um problema de saúde pública no Brasil. Partiu-se dos Estudos Ciência Tecnologia e Sociedade, dos referenciais da Ciência Política sobre a construção de agendas de políticas públicas e do conceito de agenciamento material recíproco na História das Ciências, para refletir sobre como ocorre a arregimentação e a mobilização para aproximação e diálogos entre os dois campos. A metodologia foi composta por entrevistas semiestruturadas com sujeitos da Saúde Coletiva e da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. Os resultados indicam que a Agroecologia é um espaço aglutinador no processo de disputa em torno dos agrotóxicos. Os dados e as reflexões teóricas dão relevo ao aspecto social inerente à produção tecnocientífica no contexto neoliberal, da luta que está colocada sobre o papel de um conhecimento comprometido com a promoção da saúde da população brasileira.