Saberes indígenas e quilombolas: a importância da consideração dos não humanos para a ampliação do conhecimento agroecológico

Autores

  • Mégui Del Ré
  • Cristiane Tavares Feijó

Palavras-chave:

Quilombo São Roque, Tekoá Pará Rokê, etnociência, agroecologia subversiva

Resumo

Este artigo busca compreender como as lógicas coletivas quilombolas e indígenas, inscritas pelas sociabilidades cotidianas entre humanos e não humanos, revelam a estreita ligação entre as dimensões biológica, cultural e agrícola. Trata-se de duas experiências de campo realizadas em distintos territórios, localizados no Rio Grande do Sul, cujas reflexões críticas são decorrentes do método etnográfico e da observação participante. Os resultados demonstram que diante das especificidades existentes entre o território quilombola e indígena, tem-se em comum a relação estabelecida de trocas com os não humanos, contribuindo com o manejo e conservação dos agroecossistemas. Concluímos que, a multiplicidade de seres que habitam os territórios em questão, são considerados pelas interlocutoras o centro das suas práticas, resultando em técnicas agroecológicas subversivas, frente à homogeneidade dos sistemas agroalimentares predominantes. 

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Publicado

2024-11-26

Edição

Seção

CBA - Construção do Conhecimento Agroecológico