Espécies Alimentícias na Arborização Urbana: Estudo de Caso em Miranda, MS

Autores

  • Camila Aoki Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Renata Dias Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação (INBIO)
  • Carolina Zoéga Souza
  • Magno Sá de Souza
  • Lucilene Misae Oliveira Oshiro

Palavras-chave:

Agroecologia urbana, Arborização viária, Florestas urbanas, Frutos comestíveis, Gestão e Planejamento urbano

Resumo

A agroecologia é um sistema de produção que valoriza a biodiversidade e os recursos naturais, incentivando a produção de alimentos saudáveis e produtos locais. Neste sentido, os ambientes urbanos constituem espaços subutilizados na implantação de agroflorestas. Neste estudo, apresentamos uma listagem de plantas alimentícias nativas e exóticas registradas na cidade de Miranda, em Mato Grosso do Sul. O estudo foi desenvolvido em 2018, na área urbana, considerando apenas a arborização presente nas calçadas. Dentre as 2185 árvores amostradas, 1668 (76%) compreendem espécies com uso ou potencial de uso alimentício, correspondendo a 98 espécies, pertencentes a 28 famílias. Fabaceae (8 espécies) e Bignoniaceae (5) constituíram as famílias mais ricas. Dentre as espécies registradas, 48% são exóticas do Brasil, 36% são nativas e 13% têm ocorrência no Brasil, mas são exóticas de MS. Frutos e flores constituíram as partes mais comumente utilizadas. Nossos resultados demonstram que Miranda apresenta elevada diversidade de espécies alimentícias nativas e exóticas utilizadas na arborização urbana, mas há potencial de incremento da biodiversidade de espécies nativas alimentícias e potencialização de serviços ecossistêmicos promovidos pela arborização de acompanhamento viário na cidade. As espécies presentes na arborização viária podem ajudar a compor sistemas de agrofloresta urbana.

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Publicado

2024-12-19

Edição

Seção

AGROECOL - Uso e Conservação dos Recursos Naturais