Emergências multidimensionais para intersecções entre gênero, saúde e Agroecologia

Autores

  • Cristiane Coradin Universidade Federal do Paraná
  • Alfio Brandeburg Universidade Federal do Paraná
  • Sonia Fátima Schwendler Universidade Federal do Paraná

Palavras-chave:

feminismo, mulheres, agroecologia saúde, saúde coletiva

Resumo

Esse texto foi construído a partir de dados preliminares de pesquisa de campo realizada em 2018 com mulheres sem terras envolvidas na construção de experiências agroecológicas no Estado do Paraná. Nesse artigo trazemos questões que visam interseccionar gênero, saúde e agroecologia. Através da metodologia de história oral temática, buscamos compreender como o debate de gênero se situa na construção das ecologias e noções de saúde, através das experiências agroecológicas desenvolvidas pelas mulheres sem terras. Para elas, a agroecologia constitui-se como um ethos, um estilo de vida que assegura saúde à mulher sem terra, às suas famílias e à sociedade, se constituindo como um tipo camponês popular e feminista de saúde coletiva e de bem viver. Por um lado, a saúde é vista desde a perspectiva do corpo das mulheres e dos agroecossistemas, através da alimentação.  E por outro lado, a saúde é vista desde a perspectiva psicoemocional, onde elas destacaram que mostraram que agroecologia tem promovido saúde mental às mulheres Sem Terras. Por fim, analisamos que uma noção ampliada de saúde coletiva, de cuidado e de bem viver e de emerge dessas experiências, desde bases sócio-políticas feministas e emancipatórias.

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Publicado

2020-06-26