A resistência da jetirana: processos formativos em direitos humanos e agroecologia e o protagonismo das mulheres da Comunidade Bela Vista Piató e da Agrovila Santarém, Rio Grande do Norte, Brasil
Palavras-chave:
Autonomia, Comunidades quilombolas, Camponesas, Agricultoras familiaresResumo
A violência contra as mulheres quilombolas, agricultoras familiares e camponesas no Semiárido
Potiguar é acentuada pela falta de políticas públicas que possibilitem autonomia e superação
das diferenças sociais e de gênero no campo. A experiência técnica relatada visa expor
a importância dos processos formativos em Direitos Humanos e Agroecologia, enquanto ação
política, educativa e emancipatória para as mulheres da Comunidade Bela Vista Piató e da
Agrovila Santarém. A metodologia utilizada no processo de formação foi baseada em uma
abordagem participava, dialógica e horizontal, e aplicada nos formatos de oficinas, rodas de
conversas, intercâmbio, práticas e vivências, inspirada na perspectiva freireana. Compreendemos
que a autonomia e a emancipação das mulheres no campo não é alcançada apenas
pelos processos formativos, porém tais processos contribuem para desencadear algumas
transformações locais. Conclui-se que a experiência técnica servirá como subsídio para desenvolvimento
local e o fortalecimento das mulheres no campo, visando a superação das
opressões, da desigualdade social, cultural e econômica.