Ancestralidade de práticas culturais dos negros no século XVI e XIX

Abstract

No livro “Os sons dos negros no Brasil”, de José Ramos Tinhorão, observamos práticas culturais e artísticas vivenciadas por populações africanas escravizadas no país que nos possibilitam refletir sobre questões da ocupação do território e da educação do campo. Os relatos do estudioso acerca desse período sócio histórico, que marca a formação da sociedade brasileira, apontam que as pessoas escravizadas eram forçadas a trabalhar na produção de monoculturas voltadas para a agroexportação em um regime de exploração que violentava a condição humana em vários sentidos. Nesse contexto, práticas culturais e artísticas eram experienciadas como estratégias coletivas de sobrevivência e resistência. Pensando, então, nessa relação entre arte, cultura, agroecologia e educação do campo na realidade apresentada, iremos refletir sobre a importância dos primeiros registros das manifestações musicais dos negros no Brasil para o contexto atual da educação do campo tendo como fonte documental a obra mencionada.