Trabalhadoras rurais assentadas, agroecologia e agroindustrialização: um caminho para a soberania alimentar

Authors

  • Raquel Piedade Moura Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente (PPGMA) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
  • Carlos José Saldanha Machado Fundação Oswaldo Cruz

Keywords:

agroecologia, assentamento rural florestan fernandes, ciências sociais e humanas voltadas ao ambiente, justiça socioambiental, MST, trabalhadoras rurais

Abstract

O presente trabalho busca descrever e analisar as contribuições da agroindústria de polpas de frutas de base agroecológica liderada por trabalhadoras rurais do Assentamento Florestan Fernandes, localizado no estado do Espírito Santo e coordenado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O grupo Camponesas do Caparaó inscreveu o projeto no Edital do Fundo Social de Apoio à Agricultura Familiar (Funsaf) e teve a aprovação em primeiro lugar. Para enfrentar o agronegócio, modelo que compromete a biodiversidade, o direito à soberania e à segurança alimentar, são necessárias políticas públicas para projetos estruturantes coordenados por mulheres rurais com o intuito de fortalecer a agricultura familiar, a agroecologia e reduzir a desigualdade de gênero. Dessa forma, coletivos como este podem ser encarados como uma estratégia para o estabelecimento de um sistema agrícola economicamente viável, ecologicamente sustentável, socialmente justo e culturalmente apropriado.

Published

2024-11-26

Issue

Section

CBA - Gênero, Feminismos e Diversidades na Construção Agroecológica