A reprodução do kikuio é viável com diferentes partes vegetativas

Autores/as

  • Tamires Schapuis Wendling Graduanda em Agronomia – Universidade Federal Fronteira Sul - UFFS, Campus Chapecó
  • Adenor Vicente Wendling Doutor em Agroecossistemas – Instituto Federal do Paraná - IFPR, Campus Palmas

Palabras clave:

Pennisetum clandestinum, raiz, rizomas, talos

Resumen

O Kikuio (Pennisetum clandestinum (Hochst. ExChiov.)) é originária da região central da África e foi espalhado no mundo todo a partir de 1920. É uma pastagem de excelente qualidade, especialmente pela alta concentração de proteínas e grande potencial produtivo. Sua reprodução se dá basicamente por via vegetativa, utilizando-se os talos ou rizomas, já que sementes são de difícil coleta. Nos últimos anos vem aumentando a oferta de mudas produzidas em bandejas, facilitando a implantação de pastagens. Para viabilizar a produção dessas mudas, com uso do material de melhor eficiência, no entanto, foi pouco avaliado no Brasil. Para avaliar as partes vegetativas que melhor se propagam, foi realizado um experimento em estufa. Foram testadas as seguintes partes vegetais: 1 – Folha com raiz (FCR); 2 – Folhas mais talo sem raiz (FSR); 3 – Rizoma com raiz (RCR); 4 – Rizoma com raiz e folhas (RRF). O desenho experimental foi em blocos inteiramente casualizados, com três repetições. Cada unidade experimental foi composta por oito mudas, plantadas em bandejas com substrato (terra de mato). Os dados atenderam o princípio de homogeneidade da análise de variância e a comparação das médias foi pelo teste Tukey (p<0,05). Avaliações realizadas após 42 dias de implantação mostraram que o número de mudas viáveis foi maior nos tratamentos RRF, FCR e FSR que no RCR, com 100, 96, 96 e 71 % respectivamente. Em relação ao o número de talos (ramificações) e nº de folhas foi maior no tratamento RRF em relação aos demais que não deferiram entre si. O nº de talos e de folhas, no tratamento RRF, foi de 4,3 e 15,4 respectivamente. Em relação à altura não houve diferença significativa entre os tratamentos, com uma média de 4,5 cm. Conclui-se que a reprodução do kikuio pode ser realizada com diversas partes vegetativas, porém os melhores resultados são obtidos no tratamento RRF. O uso do tratamento RCR teve menor eficiência, especialmente pela menor taxa de mudas viáveis.

Publicado

2019-02-07