Uchô Tarúnha: a terra que não é solo. O caminho de volta.
Palabras clave:
Indígenas Puri, agricultura familiar camponesa, violência patronal, concentração fundiária, cultura popularResumen
Realizou-se uma caminhada, de aproximadamente 12 km, com o objetivo de reviver um caminho antigamente percorrido por camponeses (as) Puri do município de Araponga para as comunidades de Marreco e Marrequinho, localizadas em Jequeri (Minas Gerais). Essas comunidades abrigaram muitas famílias agricultoras e diversidade de alimentos, mas hoje sua paisagem é dominada por pastagens e gado nelore. A metodologia incluiu momentos de observação, relatos espontâneos e partilhas em momentos coletivos. Durante a caminhada, memórias foram reativadas, narrativas foram despertadas e reflexões foram feitas sobre expropriação, concentração fundiária, violência patronal, reconquista do território, trabalho coletivo, cultura popular e amor à terra. A caminhada revelou-se como um instrumento potente de leitura coletiva da paisagem e de recuperação de elementos necessários à compreensão do povo camponês e Puri de Araponga.
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