Sementes crioulas, agrobiodiversidade e agroecologia

Autores/as

  • ANTUNES, Irajá Ferreira Embrapa Clima Temperado
  • SILVA, Patrícia Martins da Bionatur - UFPel
  • FEIJÓ, Cristiane Tavares UFRGS
  • BEVILAQUA, Gilberto A. Peripolli Embrapa Clima Temperado
  • NORONHA, Andrea. D. Hildebrandt Embrapa Clima Temperado
  • ALBUQUERQUE, Tatiana Schiavon de Embrapa Clima Temperado-UFPEL
  • MARTHA, Anderson Luis Mesquita da Embrapa Clima Temperado-IFSUL
  • PINHEIRO, Régis Embrapa Clima Temperado-UFPEL

Palabras clave:

variedades crioulas, guardiões de sementes, evolução

Resumen

A multitude de ambientes em que interagem plantas e as sociedades humanas levou, e tem
levado, à extraordinária diversidade genética das espécies cultivadas, expressando cada uma
dessas interações. Tais populações de plantas constituem o que se convencionou chamar de
variedades crioulas. Estas variedades quando submetidas a novos ambientes e grupos humanos
sofrem o processo de recrioulização, fruto de processo co-evolutivo. Cultivares oriundas
de programas de melhoramento genético institucionais quando cultivadas por um período de
tempo suficiente à ação das forças que levam à pressão de seleção presentes em um dado
ambiente podem adquirir a condição de variedades crioulas. Variedades crioulas possuem
grande significado para a agroecologia, pois possuem elementos de natureza intrínseca aos
princípios da sustentabilidade. Programas de melhoramento institucionais comprometidos
com a agroecologia, ao fazerem uso de técnicas de melhoramento participativo, podem originar
variedades crioulas. A identidade de propósitos da agroecologia com a prática de cultivo
de variedades crioulas por agricultores guardiões de sementes deve torná-la engajada na
busca de políticas que promovam sua proteção e desenvolvimento.

Publicado

2018-08-17