Aprendendo com mutirão: minha jornada como monitor de agroecologia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Resumen

O presente trabalho destaca as experiências vividas, enquanto aluno oriundo da realidade de uma família caiçara que assume a monitoria de Agroecologia básica I do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. As rodas de conversa e as vivências realizadas no sistema agroflorestal são discutidas conjuntamente com os estudantes de diferentes origens do campo, como quilombolas, indígenas, caiçaras, agricultores familiares e população periférica da baixada fluminense sobre suas perspectivas em relação à instituição e ao curso. O apoio mútuo é estimulado pelos métodos pedagógicos nas aulas de campo, especialmente por meio dos mutirões, evidenciando a necessidade de experimentar as relações harmônicas e troca de experiências nesse processo, o que também fortalece os laços sociais e a construção de redes de apoio. Ao compartilhar suas experiências, caiçaras, quilombolas, indígenas, agricultores e periféricos constroem novas possibilidades de uso do conhecimento popular com seus grupos de origem e projetam uma educação do campo que dialoga com a agroecologia, estabelecem conexões e criam um senso de comunidade, o que é essencial para superar obstáculos e alcançar objetivos comuns indo além das teorias. Essa colaboração e solidariedade entre os envolvidos promove a criação de um ambiente de aprendizado mais rico e colaborativo.