Utilização de Resíduos de Pescado na Composição de Substratos para Produzir Mudas de Alface

Resumo

A piscicultura, atividade em larga expansão no mundo todo, gera resíduos como carcaças de peixes, que precisam ter uma destinação adequada. A compostagem constitui prática viável, consolidada, para a transformação de resíduos orgânicos em insumos agrícolas: adubos, substratos e biofertilizantes. A qualidade dos substratos, além do manejo da aeração, umidade e temperatura, depende também da composição dos materiais utilizados que por sua vez influenciam na qualidade das mudas. No presente trabalho compararam-se formulações de substratos, elaborados com diferentes resíduos orgânicos, compostados ou vermicompostados, quanto ao desempenho destes na produção de mudas de alface, em suas características biométricas. Na Embrapa Agropecuária Oeste, foi desenvolvido experimento em delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos e quatro repetições. Tratamentos: T1= composto de pescado com biochar (50%) + húmus de minhoca (50%);T2= composto de pescado sem biochar (50%) + húmus de minhoca (50%);T3= composto de pescado com grama (50%) + húmus de minhoca (50%) ;T4= composto de pescado com capiaçu (50%) + húmus de minhoca (50%);T5=  substrato comercial Carolina® (100%);T6= substrato comercial Fertilizare® (100%). Em bandejas de polietileno com 162 células foram plantadas sementes peletizadas de alface cv. Leila®. Aos 30 dias após semeadura (DAS), as mudas foram avaliadas nas suas características biométricas: diâmetro do colo, altura da planta, número de folhas, área foliar, matéria fresca e matéria seca. Os substratos que proporcionaram melhor desempenho na produção de mudas de alface foram T1= composto de pescado com biochar (50%) + húmus de minhoca (50%) e T3= composto de pescado com grama (50%) + húmus de minhoca (50%).