Quando morre um Guardião: O que permanece?

Autores

  • Régis de Araújo Pinheiro 2Universidade Federal de Pelotas – Programa de Pós Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
  • Andreia Santos de Lima 2Universidade Federal de Pelotas – Programa de Pós Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familia
  • Irajá Ferreira Antunes 3Embrapa Clima Temperado
  • Gilberto Antônio Peripoli Bevilaqua Embrapa Clima Temperado

Palavras-chave:

herança cultural, sementes crioulas, guardião de sementes, cultura, saber popular

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo salientar os importantes reflexos do ato de conservar as sementes crioulas pelos agricultores guardiões. Utilizou-se de uma pesquisa qualitativa e participativa cuja a técnica de pesquisa foi a conversa, com objetivo de dar vez e voz a esses atores por meio de suas narrativas. O recorte de pesquisa é a história de vida de um agricultor guardião de sementes de cebola crioula. Tal processo narrado pelos atores-autores permite concluir que em um primeiro momento a atitude de conservar as sementes está ligada a repetição das práticas cotidianas por meio de repetição e que posteriormente assumem determinados significados e simbolismos que são demostrados e transmitidos por uma dada “autoridade”. Ao repassarem suas atitudes, simbolismos, percepções, práticas e atitudes de como, quando, por que, manter, conservar e selecionar as sementes crioulas ocorre a transmissão e a evolução dos aspectos culturais. Logo, um guardião nunca morre pois suas sementes serão sempre repassadas.

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Publicado

2020-11-17