Agroecologia versus Agronegócio: a resistência do cultivo sustentável no país que mais utiliza agrotóxicos

Autores

  • Aline Nunes Universidade Federal de Santa Catarina, Laboratório de Morfogênese e Bioquímica Vegetal; Centro de Ciências Agrárias
  • Karine Nunes Universidade Federal de Santa Catarina, Laboratório de Estudos da Multifuncionalidade Agrícola e do Território; Centro de Ciências Agrárias
  • Marcelo Maraschin Universidade Federal de Santa Catarina, Laboratório de Morfogênese e Bioquímica Vegetal; Centro de Ciências Agrárias

Palavras-chave:

revolução verde, movimentos sociais, políticas públicas.

Resumo

A agroecologia foi introduzida no Brasil em contraposição ao sistema até então adotado, conhecido como agronegócio, baseado no monocultivo e no uso sistemático de agrotóxicos. A agroecologia busca adotar práticas que integrem dimensões socioeconômicas e ambientais, respeitando cada agroecossistema. Ao longo dos anos, políticas de incentivo e promoção à agroecologia foram conquistadas, todavia, com a ascensão do governo ultradireitista no Brasil, vários retrocessos têm ocorrido, impactando diretamente no desenvolvimento deste sistema. Diante disso, o objetivo do estudo é propor uma reflexão, a partir da evolução social, institucional e legal da agricultura brasileira, sobre a coexistência conflitiva destes dois sistemas de produção. Constata-se um cenário desfavorável ao desenvolvimento e expansão da agroecologia e uma forte incerteza institucional a nível nacional. Assim, o movimento agroecológico continua sendo um contraponto ao modelo cada vez mais poderoso e organizado do agronegócio.

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Publicado

2020-12-02