Uso de plantas medicinais para tratamento respiratório por graduandos do curso de Agroecologia da Universidade Estadual da Paraíba

Autores

  • Vitória Saskia Ferreira Barroso Universidade Estadual da Paraíba
  • Bruna dos Santos Souza Universidade Estadual da Paraíba
  • Larissa Albuquerque Brito Universidade Estadual da Paraíba
  • Gabriella Henrique Brandão Universidade Estadual da Paraíba
  • Camila Firmino de Azevedo Universidade Estadual da Paraíba

Palavras-chave:

agroecologia e saúde, conhecimento tradicional, etnobotânica

Resumo

O uso de plantas medicinais para o tratamento de doenças é uma prática antiga e continua sendo aplicada na época atual. Esse conhecimento é passado entre as gerações e os jovens são os responsáveis por continuar difundindo esse saber tradicional. Com isso, objetivou-se verificar o uso de plantas medicinais para tratamento respiratório por graduandos do curso de Agroecologia da Universidade Estadual da Paraíba. Foi realizada uma entrevista por meio da aplicação de questionário semiestruturado na plataforma online Google Forms. A partir dos dados obtidos, foi enviado um informativo por e-mail sobre a utilização segura e racional, dosagem e forma de uso das plantas para o tratamento das doenças respiratórias. Foram entrevistados 72 estudantes, dos quais 94% relataram fazer uso de plantas medicinais para o tratamento de doenças respiratórias, a maioria (60%) afirmou que utilizavam as plantas por tradição familiar. Quando questionados sobre o tempo de uso das plantas para o tratamento, 66% afirmaram que se beneficiavam do poder curativo das plantas desde criança, dos quais 72% aprenderam as formas de utilização com os pais. As ervas mais citadas foram: hortelã- da-folha-grossa (Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng) (n=27), eucalipto (Eucalyptus) (n=20), hortelã-da-folhamiúda (Mentha x villosa Huds) (n=15), alho (Allium sativum L.) (n=15), limão (Citrus) (n=13), gengibre (Zingiber officinale Roscoe) (n=11), erva-cidreira (Lippia alba (Miil.) N.E. Br) (n=8), cebola (Allium cepa L.) (n=6), romã (Punica granatum L.) (n=5) e sabugueiro (Sambucus nigra L.) (n=5). Quanto à forma de utilização, a maioria relatou que fazia o chá (85%) para alívio dos sintomas. A maior parte dos entrevistados (82%) demostrou interesse em aprender sobre o uso seguro das plantas medicinais para o tratamento de problemas respiratórios. As experiências sobre as plantas relatadas pelos entrevistados colaboram para preservar o conhecimento popular e servirá de base para futuros estudos etnobotânicos.

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Publicado

2022-03-21

Edição

Seção

CONISCRA - Gênero, Sociobiodiversidade e Conhecimentos Tradicionais