“Se o açaí for plantado pelo sabiá ou bem-te-vi tem mais qualidade”: experiência agroecológica em um curso de Especialização em Cametá-PA, Baixo Tocantins

Autores

  • Jakson da Silva Goncalves Universidade Federal do Pará
  • Gisele do Socorro dos Santos Pompeu
  • Hellen do Socorro de Araújo Silva
  • Edivandro Ferreira Machado
  • Valcilene Rodrigues da Silva

Palavras-chave:

educação do campo, agroecologia, educação formal, resistências

Resumo

O presente texto tem como objetivo compartilhar a práxis educativa da relação Educação e
Agroecologia vivenciada na Especialização em Práticas Pedagógicas na Educação do Campo,
na Universidade Federal do Pará, Campus do Tocantins-Cametá. Procura-se descrever duas
atividades realizadas, a árvore do conhecimento e uma aula de campo, momento em que os
estudantes refletiram a metáfora da árvore e seu significado epistemológico no processo de luta
e organização dos movimentos; da educação do campo e da agroecologia. Na aula de campo
foi a oportunidade de vivenciar a materialidade da agroecologia em uma propriedade localizada
em um território de Várzea as margens do Rio Tocantins na comunidade Guajará de Baixo,
município de Cametá-PA. A metodologia de abordagem qualitativa, prima pelas descrições e
reflexões analíticas das duas atividades selecionada nesta análise, que foram vivenciadas na
turma, composta por 30 alunos. Transcorre-se por meandros discursivos sobre o homogêneo e
disciplinar conhecimento científico, sobre projetos pensados para a Amazônia, de cima para
baixo, e, claro, sobre os conhecimentos tradicionais, que resistem às diferentes formas de
colonialidades e violências no campo. Questiona-se que a escola precisa se reinventar para
assumir seu papel político de emancipação, para que possa atender aos interesses dos seus
sujeitos e reafirmar seus saberes enquanto instrumentos elementares na construção alternativa
de desenvolvimento. Acredita-se que é possível uma educação do campo imergida no campo,
pensada a partir do campo e que envolva os sujeitos, seus territórios e suas territorialidades e
que não se distancie da agroecologia.

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Publicado

2023-08-02