A cultura do feijão (Vigna unguiculata) e o território: o caso da comunidade do Pau-de-Remo, Nordeste Paraense
Palavras-chave:
corte e queima, agricultura familiar, sistema agroflorestal, transição agroecológica, autoconsumoResumo
Busca-se compreender as formas de produção de feijão em um contexto de pequenas propriedades rurais. Para tanto, executou-se entrevistas semiestruturadas com o auxílio de gravador e diário de campo. Evidencia-se que as práticas agrícolas têm sofrido impactos em decorrência da redução da força e do trabalho jovem no âmbito familiar, que têm relação com a diminuição territorial e/ou desestímulo do trabalho com a terra. Mostra-se que a variedade de feijão mais cultivada é o “quebra-cadeira”, e que os agricultores não dispõem de qualquer serviço de assistência técnica nesse cultivo. A prática do corte-e-queima tem sido abandonada por dois motivos: a pouca disponibilidade territorial e as regulamentações ambientais. Com isso, começa a fazer parte da dinâmica produtiva a adoção de insumos externos, como adubos, agrotóxicos e tratores, embora práticas agroecológicas, como o plantio direto, a cobertura morta e os sistemas agroflorestais possam ser alternativas.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.