Quem divide multiplica: a importância da rede de trocas de sementes para conservação da agrobiodiversidade em comunidades quilombolas no município de Mariana, Minas Gerais

Autores

  • Isabella Fernandes Fantini
  • Gustavo Taboada Soldati
  • Fernanda Vieira Costa
  • Magda Inacia Barbosa
  • Amanda Roberta Corrado
  • Fátima Regina Gonçalves Salimena

Palavras-chave:

conhecimento ecológico popular, sementes crioulas, conservação in situ, agroecologia, patrimônio biocultural

Resumo

O objetivo do trabalho foi avaliar o papel das redes de trocas de sementes na conservação da agrobiodiversidade. A importância para a agroecologia está no fortalecimento de autonomia dos territórios por meio das etnovariedades crioulas, que promovem trocas culturais de sobres, saberes e afetos. Para coleta e análises de dados, foi utilizada a metodologia etnobotânica e empregadas métricas de rede socioecológica. Contamos com a participação de 48 moradores de comunidades quilombolas de Mariana, registramos 359 etnovariedades de 44 famílias botânicas. A rede de trocas de sementes aberta apresentou 185 unidades familiares e instituições gestoras. Os resultados mostram que três variáveis socioagronômicas são mais relevantes no que diz respeito à riqueza de etnovariedades. A rede obtida possui considerável modularidade e baixa conectância, demonstrando que a importância de promover estratégias coletivas que contribuam para a conservação da agrobiodiversidade dos territórios.

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Publicado

2024-11-27

Edição

Seção

CBA - Biodiversidade e Bens Comuns dos Agricultores e Povos e Comunidades Tradicionais