Caracterização morfológica e estimativa da variabilidade genética em variedades crioulas de batata doce
Palavras-chave:
Ipomoea batatas L., germoplasma, erosão genética, análise multivariadaResumo
O crescimento populacional e a modernização da agricultura têm reduzido a biodiversidade das plantas nativas e naturalizadas, a exemplo das variedades crioulas, causando perdas permanentes de genes. Portanto, esta pesquisa objetivou a proteção, em banco de germoplasma, a caracterização morfológica de 14 variedades crioulas de batata doce, bem como a estimativa da variabilidade genética por meio de descritores morfológicos. Coletou-se ramas de 14 variedades provenientes de diferentes regiões de Alagoas, onde estão sendo mantidas em baldes de 20 L em Maragogi/AL. Na caracterização, a partir de 15 descritores da parte aérea e 11 das raízes, observou-se variabilidade entre as variedades, destacando-se o comprimento do entrenó, que variou de 1,7 (Bem Cuia) até 12,3 (Pão), e a cor da pele da raiz, que variou de creme, rosado ao roxo; já a cor da polpa variou de branco, creme escuro ao roxo. Pelo teste de Tocher, observou-se variabilidade genética, com a formação de cinco grupos divergentes. As variedades Bem Cuia, Beterraba 1, Campina 2 e Tinguá, apresentam características de interesse ao consumidor (peso, formato, cor da pele e da polpa das raízes, e baixa incidência de danos por pragas). Os resultados evidenciam o papel dos agricultores familiares na conservação da variabilidade genética das variedades crioulas de batata doce.
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