Conhecimento local sobre o manejo do campo nativo na APA do Ibirapuitã

Autores

  • Caroline Mombaque Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
  • Pâmela Ribeiro Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
  • Tauana Isabel Soares Santos Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
  • Adriana Carla Dias Trevisan Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

campo nativo, bioma pampa, conservação, pecuaristas, pecuária sustentável

Resumo

 A vegetação nativa do Pampa desempenha um papel fundamental como fonte forrageira para a atividade pecuária. Acredita-se que a ausência dessas forrageiras nativas dificulta a manutenção dos níveis adequados de ganho de peso. A grande pressão de conversão de áreas em monoculturas tem ameaçado esta diversidade na região pampeana. Assim, este estudo tem como objetivo investigar os saberes dos pecuaristas a respeito do conhecimento local sobre a diversidade florística forrageira em propriedades localizadas dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Ibirapuitã, no Bioma Pampa. De maneira geral, constatou-se que os campos estudados estão com uma carga animal excessiva. As espécies amplamente mencionadas como indicadores de um campo nativo saudável foram a babosinha-do-campo (Adesmia latifolia), trevo nativo (Trifolium polymorphum), grama forquilha (Paspalum notatum) e o pega-pega (Desmodium incanum). A maioria dos pecuaristas relatou manter a conservação existente no campo, uma vez que o alto custo dos insumos constitui um obstáculo para investir em áreas de pastagem exótica. Uma alternativa viável para a conservação da pastagem nativa é a adoção de práticas de manejo conservativo da biodiversidade, que aumentam a resiliência dos ecossistemas campestres. Os saberes locais podem auxiliar em estratégias de conservação e restauração da biodiversidade local.

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Publicado

2024-11-27