Banco de sementes comunitário e biodiversidade agrícola no Quilombo da Lapinha em Matias Cardoso - MG

Autores

  • Maria Emanuelle Guedes Cardoso
  • Clara Mata Sena de Oliveira
  • Thaís Pereira dos Santos Souza
  • Thaís Pereira dos Santos Thé
  • Isabela Fernandes Fantini
  • Alice Meire Silva Dias

Palavras-chave:

agrobiodiversidade, conhecimento ecológico local, saberes alimentares, populações tradicionais

Resumo

As populações tradicionais, através de seus modos de vida, são responsáveis pela gestão e manutenção da diversidade agrícola. O objetivo do trabalho é reconhecer a utilização de sementes crioulas como meio de atingir segurança alimentar e nutricional na comunidade vazanteira do Quilombo da Lapinha em Matias Cardoso-MG, e suas possíveis contribuições  para a conservação da agrobiodiversidade. As informações foram coletadas através de revisão bibliográfica, aplicação de entrevistas livres e semiestruturadas junto aos agricultores, fazendo uso da técnica de amostragem bola de neve. As dinâmicas de troca dos propágulos acontecem através do abastecimento do banco comunitário pelos agricultores, em garrafas pet de dois litros. Em sua colheita, o agricultor reabastece o banco com duas garrafas para suprir a unidade retirada e manter o estoque. A dinâmica é interessante por possibilitar a captura de diferentes momentos evolutivos e assegurar a soberania alimentar através da autogestão. De acordo com os entrevistados, os milhos de origem crioula já eram cultivados pela comunidade, e suas diferenças dos cultivares industriais já eram conhecidos pelos agricultores, sendo responsáveis por promover cultivares mais resistentes, de maior qualidade e potencial nutritivo e promotor de saúde humana e ambiental.

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Publicado

2024-11-27

Edição

Seção

CBA - Biodiversidade e Bens Comuns dos Agricultores e Povos e Comunidades Tradicionais